segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fecho de extensões de saúde no Litoral Alentejano motiva críticas
O encerramento de cinco extensões de saúde no Litoral Alentejano mostra o "constante desinvestimento" dos dois últimos governos nesta área, disse à Agência Lusa um dos membros das comissões de utentes de saúde da zona.
   Segundo Dinis Silva, das Comissões de Utentes de Saúde do Litoral Alentejano, a situação teve início durante o anterior Governo, de maioria PS, e mantém-se com a actual coligação PSD/CDS-PP.
   Até agora, são três os concelhos afectados pelo encerramento de extensões de saúde: Alcácer do Sal (Barrancão e Montevil), Grândola (Canal Caveira) e Santiago do Cacém (Deixa-o-Resto e São Francisco da Serra).
   Contudo, com a reorganização da rede de cuidados primários de saúde, Dinis Silva teme que a situação fique "pior do que está", pois prevê-se que venham a ser encerradas todas as extensões de saúde com menos de 1.500 utentes inscritos.
   Entretanto, o Município de Alcácer do Sal, de maioria PS, assumiu estar contra o fecho de duas extensões de saúde no concelho (Montevil e Barrancão) por considerar que tal representa "uma clara demissão da Administração Central".
   Segundo o Município, que aprovou por unanimidade esta posição, a decisão de fechar aqueles serviços nega "direitos aos mais pobres e desprotegidos" e aos "que vivem longe dos grandes centros urbanos".
   A autarquia diz estar "consciente das sérias dificuldades" económicas e financeiras do país e da "necessidade urgente e inadiável" de reduzir a despesa pública.
   Mas esta poupança, sustenta, não pode ser feita "de forma cega e distante, prejudicando uma população maioritariamente envelhecida, fragilizada e de parcos recursos económicos, como acontece nestas duas aldeias do concelho de Alcácer do Sal".