quarta-feira, 14 de maio de 2008

António Parreira - Mais um grande guitarrista franciscano


António Parreira é professor e intérprete de guitarra portuguesa, pai de Paulo Parreira e Ricardo Parreira.
António Parreira dá aulas de guitarra portuguesa no Museu do Fado em Lisboa

sexta-feira, 2 de maio de 2008

DVD - Valsa Mandada


Manda Adiante – DVD

O DVD sobre as Valsas Mandadas, editado pela PédeXumbo, encontra-se à venda. A valsa mandada é uma dança de grupo dançada a pares. Dança-se actualmente numa restrita zona da Serra de Grândola. O documentário agora editado mostra os tocadores, os bailadores, os novos entusiastas das danças, os bailes que quando não tinham licença davam direito a 12 dias de prisão... Realização: Tiago Pereira. Para encomendar: Enviar cheque à ordem de Associação Pédexumbo ou vale postal para "Associação PédeXumbo - Apartado 2195, 7001-901 Évora" com indicação de: nome, morada, número de contribuinte e quantidade. 10 €/DVD + 2€ portes de envio à cobrança.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O despique da pombinha no barranco do Martinelo






01 Francisco Maria
02 Constantino da Casa a Baixo
03 Manuel Morteiras
04 Jorge Romano
05 Alberto Raposo
06 Manuel das Antas
07 António da Costa Reis (Algarvio)
08 Francisco (Canhunga)
09 ?
10 Joaquim Mestre ou do Funchalinho
11 Manuel Guerreiro “Bruxo” (poeta e fadista)
12 Zeferino da Casinha Nova
13 Aníbal dos Santos Carvalho
14 João do Moinho
15 António Maria
16 ?
17 Jorge do Moinho
18 Jacintinho era de Melides e tocava viola
19 Henrique Peixeiro
20 António dos Santos (fadista)
21 Joaquim Ventura tocava guitarra
22 Eduardo Feiteiro
23 Carlos Costinha
24 Carlos Pernéu
25 Constantino Peixeiro
26 Jacinto Caetano
27 Raul Nunes
28 Chico das Bicicletas era de Grândola
29 António Morais
30 António Carvoeiro
31 Francisco Romano
32 José Pedro (Rei dos Malhadais) era poeta
33 António Rufia
34 Joaquim Católico
34 a) António Caetano tocava guitarra
35 Leonor
36 Carlos Branco
37 José Cortoiro
38 José dos Santos
39 Carlos Silva era fadista
40 António Romano (dono da terra onde se realizava
a festa, fazia cantigas)
41 Quirino tocava guitarra e viola era de Grândola
42 José Amaro tocava viola e era de Grândola
43 Policarpo Serrão
44 José Cachopo
45 Francisco ou José Machado



O despique da pombinha no barranco do Martinelo

São quase cinquenta. Todos homens. Estão sentados, quase todos, e olham a máquina que os fixará para a posteridade, que registará o dia e o momento. Muitos vestem casaco e usam chapéus de aba larga, gravata, nalguns já desalinhada, os nós a desfazer-se. Vêem-se pratos e garrafas e copos, vazios. Dois empunham guitarras, outro uma concertina. São poucos os que, hirtos e graves, posam. Nos demais há descontracção, sorrisos..., um à-vontade de festa bem andada.
A velha fotografia, amarrotada, vincada, manchada aí está, como que mantendo aceso um fio de memória, mesmo fragmentada, incompleta, insuficiente para quem queira agarrar mais do momento, da situação, do contexto.
Hoje, quase 70 anos depois, num fim de tarde breve, de inverno, em S. Francisco, aldeia da serra chamada ora de Grândola, ora de S. Francisco, que, paralela ao mar, corre para sul, prolonga-se na de Odemira e vai colar-se às serranias algarvias, na praça da aldeia, à sombra da igreja, José Simões e o irmão, Jorge, e António Caetano que se nos junta, identificam, um a um, as quatro dezenas e meia de convivas que a fotografia fixou.
Constantino da Casa Abaixo, Francisco Canhunga, Joaquim do Funchalinho, Zeferino da Casinha Nova, João e José do Moinho, Manuel das Antas, Carlos Pernéu, Henrique Peixeiro, o Chico das bicicletas que era de Grândola, António Carvoeiro, José Cortoiro, António Rufia, Policarpo Serrão...
Também a Leonor, ainda agora viva, menina de colo, nos braços do pai, Joaquim Católico, pouco antes da tragédia pessoal com que quis antecipar a morte e que permite hoje datar com razoável certeza a data da fotografia – 1935.
E por entre tão compacto cenário feito de gente, José Pedro Guerreiro, o rei do carvão ou rei dos Malhadais, poeta popular desmarcado e o irmão Manuel, o Bruxo, também poeta e fadista. Dois nomes que a memória oral, passada de geração em geração mantém até hoje como nomes maiores de uma aldeia da serra, úbere de montado de sobro, fecunda de cortiça.
Aprenderam-lhes os nomes na meninice, conheceram-nos de vizinhança, foram-lhes por várias vezes lembrados, ensinados pelos pais, pelos mais velhos. E aí estão agora, a cerzir esses fios da memória, à volta da velha fotografia, quando o dia se escoa, para que não se rompam na eternidade do esquecimento.
No dia de Maio, perto da aldeia, junto ao barranco do Martinelo, encostados ao cerro da Senhora do Livramento fizeram a festa. Chamaram-lhe Festa dos Bons Amigos!
Como o “Bruxo” e o “Rei”, outros mais também cantavam e tocavam – António dos Santos e Carlos Silva, fadistas; o Jacintinho, que era de Melides e tocava viola; Joaquim Ventura, tocador de guitarra, como um outro Joaquim, o pai da Leonor; António Rufia com a sua concertina; António Romano, dono da terra onde abancavam, que fazia cantigas; o Quirino, de Grândola, que tanto tocava guitarra como viola ou o José Amaro, também de Grândola, igualmente dado à viola.
Não era a primeira vez que o faziam, nem teria sido a última. Nesse ano, o tema do despique, porque era esse um ponto forte do ajuntamento, era A Pombinha, apenas.
Era um tempo que não duraria muito mais. Terminaria com a desagregação das sociedades rurais e dos ritos e sociabilidades com que se construiu e moldou. Parecia ser já um prenúncio desse fim. A ausência de mulheres, o vestuário na fronteira com o urbano, o carácter grupal, masculino, do convívio entre o cantar e o tocar, o comer e o beber, mais próximo da venda e do serão, do que das velhas festas pagãs do primeiro dia de Maio, festas de raízes perdidas na noite do tempo, também chamadas das Maias, que celebravam a fertilidade e o fim da puberdade, festejando o fim da metade escura do ano e o início dos dias grandes, cheios de luz, com a chegada da Primavera.
Nesta fotografia da Festa dos Bons Amigos, que um fotógrafo anónimo nos deixou, que as recordações de um tempo ido justificaram conservar e que a memória ainda viva minudenciou e enriqueceu, converge a ideia de que a História também é isto, registo, conservação, evocação de gestos e factos pelos que os viveram, herdaram e valorizaram e que, de outro modo, se perderiam no labirinto dos quotidianos e no peso esmagador das grandes narrativas oficiais, legitimadas pelos poderosos de cada tempo.

João Madeira*
* com a colaboração de Carla Chainho, que cedeu a fotografia e trabalhou no terreno

In Revista Cena's n.º 4

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O Montado

Sobre a importância de conservação dos montados

A rolha, os montados e a fauna

O montado de sobro e os seus produtos

A cortiça: jóia da coroa dos nossos recursos naturais

Biomas – o nível superior das comunidades

Message in a Bottle – campanha internacional para a conservação dos montados de sobro

Matos mediterrânicos

O Sobreiro

O Sobreiro é uma das espécies mais importantes do mediterrânico, constituindo as áreas de sobreiros, um tipo característico de sistema agro-florestal, denominado montado de sobro.
O aproveitamento e utilização do Sobreiro é parcialmente total: a exploração da cortiça; dos frutos (bolotas); a madeira para lenha e carvão; a caça; aproveitamento dos solos para pastagens e/ou cereais de sequeiro.

A importância económica é indiscutível e resulta principalmente do facto de Portugal deter mais de 55% da produção mundial de cortiça. De acordo com os dados do Instituto Florestal, estima-se que a produção anual nos últimos anos seja de 35 mil toneladas de cortiça virgem e de 135 mil toneladas de cortiça amadia. Os montados de sobro apresentam também uma elevada importância ecológica, em grande parte devido à estabilidade deste tipo de ecossistemas.

Esta importância verifica-se especialmente pela manutenção de uma elevada diversidade biológica e pela conservação de uma herança cultural associada a estes ecossistemas.Quando se fala do Montado de Sobro não nos podemos esquecer dos problemas sociais e culturais que a substituição de sobreiros poderia acarretar.

Será mais um factor para acelerar a desertificação do Alentejo, pois a exploração dos povoamentos de sobro, exige a presença de homens, contribuindo deste modo para a fixação da população rural.

A Guitarra e os outros prazeres

O fado e a guitarra acompanham António Chainho desde que nasceu, vai para 69 anos, na aldeia alentejana de São Francisco da Serra, entre Grândola e Santiago do Cacém. Durante mais de três décadas ele foi o acompanhante, discreto mas eficaz, de muitos dos melhores intérpretes portugueses.

Depois deixou de acompanhar os cantores e passou a fazer-se acompanhar por eles, dando todo o protagonismo à guitarra que se tornou na razão de ser da sua vida. Chama-se António Chainho e é um dos grandes responsáveis pelo impulso que o ensino da guitarra portuguesa tem conhecido na última dúzia de anos.

Conversar com Mestre António Chainho não é difícil. A conversa solta-se naturalmente, que ele é homem de boa memória e ideias claras, tanto sobre o passado como sobre o presente e o futuro. Começamos pelo princípio, como não podia deixar de ser:

Nasci a ouvir o fado", diz. "O meu pai tocava guitarra portuguesa, tinha uns dedos maravilhosos. Se tivesse vivido em Lisboa teria sido um grande guitarrista. E a minha mãe cantava o fado, embora nunca tenha cantado em público. Lembro-me de que a primeira coisa que o meu pai me ensinou foi o fado corrido, tinha eu pr'aí uns seis anos".

A primeira guitarra teve-a António Chainho por volta dos dez, onze anos. Estamos em finais da década de 40, Amália é já uma fadista muito popular, graças em boa parte aos temas de Frederico Valério. As músicas ouve-as António na rádio e as letras aprende-as nos folhetos que a mãe compra nas feiras para depois cantarolar nas sessões de costura:

"A certa altura eu comecei a acompanhá-la. E o meu pai, espantado por me ouvir tocar todas aquelas músicas, perguntava 'Como é que tu fazes isso?', mas eu não sabia responder. Porque a verdade é que eu não sabia sequer o nome dos tons, não lhe sabia explicar. Tinha um muito bom ouvido, era só isso".

Era só isso. Isso e um grande talento que começava a fazer-se notar, e que haveria de dar azo, alguns anos depois, a muitas apostas no café da aldeia, durante os serões de fado transmitidos pela Emissora Nacional e pelo Rádio Clube, que juntavam uma pequena multidão em volta da telefonia enquanto o pequeno António ia adivinhando o nome dos guitarristas antes de o locutor os anunciar.

Um livro de acordes comprado em Santiago do Cacém foi o único auxílio que o jovem teve na sua aprendizagem da guitarra. Eram tempos difíceis, e ainda hoje Mestre António se lembra de ouvir o pai falar dos "sustos da PIDE", frequentes por todo o Alentejo. E porque esses eram dias obscuros, António ficou-se pela quarta classe.

Depois da tropa feita, rumou a Lisboa. Nesse tempo, o circuito dos guitarristas passava essencialmente pelas casas de fado, e foi aí também que Chainho começou. O restaurante "A Severa" foi o lugar onde tocou pela primeira vez profissionalmente, e pouco tempo depois era convidado por Jorge Fontes para integrar o seu conjunto de guitarras. Um programa de televisão onde o grupo participava fez com que António Chainho começasse rapidamente a ser um nome e uma cara conhecida nos circuitos do fado, e assim surgiram também as primeiras invejas:

"Uma noite fui à 'Severa' porque estava lá um guitarrista que eu admirava muito e que queria cumprimentar", conta. "Pois o sujeito não me falou e esteve todo o tempo a tocar de costas para mim, que era para eu não poder ver como é que ele tocava. De outra vez foi no 'Lisboa à Noite', com outro guitarrista que eu também admirava e que também não quis cumprimentar-me. Fiquei muito traumatizado com estas histórias, cheguei mesmo a pensar ir-me embora, voltar para a minha terra. Não me adaptava à falsidade de certas coisas neste meio".

Terá nascido aí o sentimento que, muitos anos mais tarde, há-de levá-lo a querer transmitir aos outros, de forma quase obsessiva, o seu conhecimento da guitarra portuguesa: "Nessa altura ninguém ensinava nada a ninguém, tudo se fechava. Os guitarristas viviam só das casas de fado e iam duma para outra por dez ou vinte escudos, a competição era grande, e eles não queriam que mais ninguém aprendesse e lhes pudesse fazer frente".

Mas nem isso impediu que António Chainho se tornasse acompanhante de alguns dos mais consagrados artistas portugueses: de Maria Teresa de Noronha a Carlos do Carmo, passando por Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Hermano da Câmara, Lucília do Carmo ou Hermínia Silva, praticamente não houve intérprete do fado que não tenha sido servido pela guitarra de António Chainho.

Passou também por várias casas de fado até que, em 1974, com o fadista Rodrigo abriu um restaurante em Cascais. Foi o primeiro guitarrista a ser co-proprietário de uma casa de fados. Nessa altura já António Chainho liderava o seu próprio conjunto de guitarras. "Tinha uma vida muito ocupada, mas volta e meia apareciam pessoas que queriam aprender a tocar. E eu ensinava".

Durante todo esse tempo, e nos anos que se seguiram, Mestre Chainho continuou sempre a acompanhar vários intérpretes, do fado e fora dele: quando gravou "Fura Fura" e precisou de um guitarrista para um fado bem pouco ortodoxo, José Afonso foi buscá-lo. Mas a actividade de António Chainho não se limitava ao apoio instrumental de cantores. E foi assim que, em 1983, participou num dos mais emblemáticos discos instrumentais portugueses, "Fado Bailado", que se tornou um campeão de vendas e projectou Rão Kyao muito para além das fronteiras do jazz que eram até então o seu reduto.

Por essa altura já António Chainho se mostrava um homem preocupado com o futuro da "sua" guitarra. E disso mesmo deu conta em meados da década de 80, numa entrevista onde dizia que, daí a vinte anos, a guitarra portuguesa poderia desaparecer. As declarações chamaram a atenção do então presidente da Câmara de Lisboa, Nuno Abecassis, e levaram-no a convidar Mestre Chainho para almoçar:

"Falámos disso, e eu expliquei-lhe que mais de 50 por cento dos guitarristas que havia nas casas de fados não sabiam tocar, eram desafinados. Exactamente porque não havia uma escola".

Algum tempo depois, Chainho era convidado para uma reunião, na Mouraria, onde ficou esboçada a ideia da criação de uma escola da guitarra - que abrangeria não apenas a execução, mas a própria construção do instrumento. Mais tarde, chegou a ser indicado para o efeito o prédio onde terá vivido a mítica Severa, na Rua da Guia.

Com as mudanças entretanto verificadas na estrutura do poder do município de Lisboa, o projecto acabaria por demorar mais do que o inicialmente previsto, mas em 1998, já sob a gestão do Presidente João Soares, seria finalmente inaugurada a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa (actual Museu do Fado) e com ela a primeira escola de guitarra em Portugal. António Chainho sente-se orgulhoso por ter dado a sua contribuição para a concretização deste projecto.

1998 foi também o ano da edição de "A Guitarra e Outras Mulheres", a sua carta de alforria como intérprete solista (foi o primeiro guitarrista de fado a ter atrevimento para tanto) e que é também um disco onde António Chainho subverte as regras ao convidar seis cantoras para o acompanharem - a voz ao serviço da guitarra, e não o contrário. Porque, para Chainho, o mais importante é manter vivo e divulgar por todos os meios este instrumento que é parte da identidade lusitana - em Portugal como no Japão, onde conta com vários discípulos, ou na Índia, onde conseguiu criar as bases de uma escola da guitarra:

"Começou tudo com um workshop que ali realizei, a convite da Fundação Oriente, e que mobilizou 200 pessoas que queriam aprender alguma coisa da guitarra portuguesa", lembra. "O sucesso foi tal que, quando regressei a Portugal, me ligou o coordenador da Fundação Oriente em Goa, dr. Sérgio Mascarenhas, a dizer que havia uma dúzia de indianos que queriam aprender a tocar guitarra...".

António Chainho regressou a Goa, e seleccionou três candidatos, que vieram para Lisboa, apoiados pela Fundação. E quando regressaram iam preparados para transmitir a outros aquilo que aprenderam. E foi assim que, em Janeiro deste ano se realizou em Goa o I Festival da Guitarra Portuguesa.

Hoje, António Chainho é um homem satisfeito com o resultado do seu trabalho. E tem razões para isso. Além do currículo único que faz dele um dos mais relevantes intérpretes de guitarra da actualidade - e seguramente o mais importante da sua geração - tem o prazer de ter conseguido levar por diante o seu sonho de divulgação da menina dos seus dedos, a guitarra portuguesa.

"Aquilo que hoje me interessa mais é fazer com que a guitarra apareça e se mantenha", diz. "Eu sou um optimista e acredito que, a pouco e pouco, nós vamos conseguir. Porquê? Repare que, em relação ao fado, fora de Portugal estamos na melhor fase de sempre. Há 30 ou 40 anos só a Amália é que cantava no estrangeiro fora dos circuitos da emigração; neste momento já há vários artistas que conseguem fazê-lo. Quando vim para Lisboa havia meia dúzia de bons guitarristas, tudo o resto era de arrepiar; agora, só jovens já teremos uns vinte a tocarem muito bem a guitarra portuguesa. Então não é de ser optimista?".

Viriato Teles

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Aniversário do Motoclube " Os Alarves" - Encontro Motard


Parabéns a todos os "alarves" de São Francisco.
Esperamos que estes encontros cresçam a boa velocidade, sempre sobre rodas.
Mais um encontro Motard na Serra de São Francisco, a população está preparada para mais um fim-de-semana de emoção, esperando a visita de muitos motards.

Saudações motards.

Devido a não se visualizar bem os contactos aqui vai: Hélder Gonçalves (961353682)

António Rodrigues (961353681)

O preço inclui almoço, beber e comer a discrição e febras assadas ao jantar.

Estão todos convidados!

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