quinta-feira, 20 de setembro de 2007

António Chainho na WiKipédia



António Chainho (São Francisco da Serra, 1938) é um guitarrista e compositor português, reconhecido internacionalmente, considerado um embaixador da guitarra portuguesa.


Vida
Chainho nasceu em São Francisco da Serra, concelho de Santiago do Cacém, Baixo Alentejo. Recebeu influência musical de seus pais, a guitarra do pai e os fados de Amália, cantados pela mãe. Aos oito anos, já iniciava-se na guitarra e aos treze já acompanhava os fados cantados pela mãe. Na altura iniciava a tocar as guitarradas que ouvia na Rádio Nacional. Cumpriu o serviço militar em Beja, e serviu em Moçambique no período da Guerra Colonial. Conta-se que mesmo quando entrava no mato, levava sua guitarra. Foi em sua passagem por Moçambique que iniciou profissionalmente sua carreira artística, participando de programas na Rádio Nampula. Ao terminar o serviço militar, retornou a Portugal e pouco tempo depois iniciou a carreira na televisão, com sucesso imediato. Formou um conjunto o qual reunia os guitarristas José Luís Nobre Costa e os tocadores de viola Raúl Silva e José Maria Nóbrega. Posteriormente, mudou as posições, deixando de acompanhar cantores, passando a ser acompanhado por estes, mais tarde retornando também a acompanhar. Tornou-se reconhecido internacionalmente tanto por suas apresentações em concertos ao redor do mundo, quanto por sua discografia.


Carreira
A vida e a carreira de Chainho confundem-se, de modo que sua vida entrelaça-se em sua carreira artística. Quando terminou o serviço militar, Chainho já estava decidido que o sua vida seria dedicar-se à guitarra portuguesa. Era então a década de 1960 quando, no auge dos vinte anos, mostrou-se um verdadeiro virtuoso nas doze cordas. Assim, deixava o café dos pais, em São Francisco da Serra, onde tinha iniciado a tocar. Havia herdado do pai a destreza no manejo da guitarra e da mãe o gosto pelo fado, assim, ao definir seu estilo, foi achar inspiração em mestres como Armandinho. Já vivia em Lisboa há três anos quando foi convidado pela Emissora Nacional para um programa de rádio chamado Fados e Guitarradas, no qual tocava directamente ao vivo juntamente com o seu conjunto.
Em meados dos anos 60 estreou na casa de fados A Severa, e a partir de então apresentou-se em outras casas como O Faia, O Folclore e no Picadeiro, da qual tornou-se proprietário e onde foi cada vez mais cultivando seu amor pela guitarra portuguesa, chegando a formar o seu próprio conjunto de guitarras.
Quando Chainho passa a acompanhar artistas como Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara ou Hermínia Silva, começa então a deixar suas próprias marcas na história da guitarra portuguesa.
Depois de alguns anos de actuações instrumentais, em actuou como acompanhante, decide mudar a ordem das coisas e chamar cantores para acompanhá-lo, e inicia uma sucessão de apresentações internacionais. Nesta trajectória experimenta misturar a guitarra portuguesa à música de outras culturas e assim toca com as artistas brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém, a espanhola Maria Dolores Pradera e a japonesa Saki Kubota. No álbum lançado em 98, A Guitarra e outras mulheres, suas performances são acompanhadas por Teresa Salgueiro(Madredeus), Marta Dias, Filipa Pais, Ana Sofia Varela, Elba Ramalho, Nina Miranda (Smoke City), e por alguns dos músicos de Nova Iorque, como Bruce Swedien, Greg Cohen e Peter Scherer. Este álbum marca sua consagração, ao atingir um índice de vendas superior a vinte mil cópias. Dois anos depois lança o álbum Lisboa–Rio, com os brasileiros Celso Fonseca e Jaques Morelenbaum, entrelaçando a tradição da música portuguesa com clássicos da música brasileira.
O grande guitarrista volta a fazer o papel de coadjuvante de grandes nomes. Chainho é convidado para acompanhar José Carreras num concerto no Pavilhão Atlântico, também foi convidado por Adriana Calcanhotto em sua tourné por Portugal e por Maria Bethânia em espectáculos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Actualmente, é o mentor de um projecto, em Portugal, que fez parte de seus sonhos durante doze anos, a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa e é considerado como um inovador da tradição.

A viola de Fernando Alvim, parceiro frequente de Carlos Paredes, sendo seu principal arranjador, acompanhou Chainho nos últimos dez anos. Actualmente, os músicos Eduardo Miranda e Tuniko Goulart, brasileiros radicados em Portugal, o acompanham em trio mesclando nuances brasileiros à música portuguesa. Desde o lançamento do álbum A Guitarra e Outras Mulheres Marta Dias ganhou um papel privilegiado nas actuações de António Chaínho, sendo presença certa em seus concertos. No mais recente álbum, que foi gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém, é dela a única voz a acompanhar o mestre da guitarra portuguesa.


Discografia
Depois de actuar em recitais por todo o mundo, estando em apresentações solo como dividindo o palco com artistas como Paco de Lucia ou John Williams, seja em concertos ou em festivais dedicados à guitarra, inicia sua própria discografia com o álbum Guitarra Portuguesa e um segundo disco gravado com a Orquestra Filarmónica de Londres, consolida sua carreira discográfica, sempre composta por temas totalmente originais.
Guitarra Portuguesa, 1980
The London Philharmonic Orchestra, 1995
A Guitarra e Outras Mulheres, 1998
Lisboa-Rio, 2000
António Chainho e Marta Dias ao Vivo no CCB, 2003

Participação em antologias
Biografia da Guitarra

Participação em álbuns de outros artistas
António Pinto Basto (Minha Maria)
Carlos do Carmo (Um homem da cidade)
José Afonso (Fura Fura)
Rão Kyao (Fado Bailado)
K.d. lang (Na música Fado Hilário do álbum Compilação Red-Hot - Lisbon - ONDA SONORA)
Blasted Mechanism (Na musica We do álbum Sound in Light)

Acompanhamento a artistas internacionais
Gal Costa (Brasil)
Fafá de Belém (Brasil)
Maria Dolores Pradera (Espanha)
Saki Kubota (Japão)

Cinema
Como actor: Sem Sombra de Pecado (1983) - do realizador José Fonseca e Costa
Como compositor: Fados na Mansão - do realizador Bento Pinto da França

DVD
António Chainho e Marta Dias ao Vivo no CCB (espetáculo editado para DVD)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Grupo Desportivo e Recreativo de São Francisco da Serra



Grupo Desportivo e Recreativo de

S. Francisco da Serra

Fundado em 11/04/1997


As suas principais modalidades são o Futebol, o Atletismo e o BTT.

Ainda não existe um espaço físico que constitua a sua sede e têm variadíssimas dificuldades, entre elas, as más condições dos balneários no campo Deodato Rocha.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Estandarte


Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1)

Bandeira


Bandeira para hastear em edifícios (2x3)

Brasão


Armas - Escudo de prata, quatro ramos de sobreiro de verde, landados de ouro, com casculhos de negro, postos em pala e alinhados em faixa, entre uma corça de azul, passante, em chefe e um monte de três cômoros de verde, movente da ponta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ SÃO FRANCISCO DA SERRA “.

São Francisco da Serra

Formada pelas localidades de Cruz de João Mendes, Salema, Roncão e S. Francisco da Serra, está integrada no concelho de Santiago do Cacém, abrange uma área de 51,42 km2 e com 890 habitantes (censos de 2001) tem uma densidade de 17,3 hab/km².

Património
Com características rurais, tem sido berço de artistas que se têm destacado, não só a nível local, como também a nível nacional. Existem determinados locais de interesse turístico que constituem grande parte do seu património cultural. Destaca-se a fábrica de cortiça, Igreja Matriz, moinhos de vento, Dólmen da Palhota e os Frescos de S. Francisco.

História
A formação da freguesia remonta ao período medieval e deve-se à Ordem de Santiago de Espada, tal como a generalidade das freguesias mais antigas do concelho de Santiago do Cacém. Recebeu a carta de foral no início do século XVI, por D. Manuel I. A freguesia é reconhecida com presença humana desde a pré-história, encontrando-se algumas antas na Herdade das Antas e da Salema, locais que foram escavados e que parte deste espólio pode ser observado no Museu Municipal de Santiago do Cacém.

Actividades
A agricultura, pecuária, comércio, serviços e a extracção de cortiça constituem as principais actividades económicas, sendo esta última, que serve de base para um dos trabalhos feitos no artesanato da freguesia, nomeadamente, as miniaturas e quadros em cortiça, além das miniaturas em madeira, inseridas em garrafas de vidro e a imitação dos tapetes de Arraiolos.

Gastronomia e produtos regionais
Rica em produtos regionais, a gastronomia da freguesia é constituída pela tradicional açorda de alho, lombo de porco em banha e mioleira de porco com pão ralado (miolos). Em termos de doçaria típica, apresenta o mel de rosmaninho, e os licores de poejo, mortinho, café, tangerina e amora.